No último dia do Congresso INOVAtic 2021, foi realizado o debate sobre Wi-fi 6 com a participação de Basílio Perez, conselheiro da Abrint; Emmanoel Campelo, conselheiro da Anatel e Paulo Frosi, diretor da Connectoway.

Ainda que as discussões atuais estejam focadas no 5G, o debate revelou que o Wi-fi 6 tem a capacidade de ser uma tecnologia forte aliada. O conselheiro da Anatel disse que o Wi-fi 6 foi uma preocupação da Anatel antes mesmo do leilão 5G. Para ele, é fundamental a viabilização da tecnologia para proporcionar a competitividade do mercado e melhorar a qualidade do serviço WIFI, disponibilizando a locação total do espectro.

Basílio Perez destacou a importância do uso da tecnologia para os provedores regionais e disse que atualmente muitas residências não tem mais computador, mas vários equipamentos eletrônicos estão conectados, o que sugere mudança da necessidade do consumidor. “O Wi-fi 6 suporta melhor a taxa de transferência e melhora a qualidade do serviço para várias aplicações. Precisamos dessa capacidade para atender a necessidade de conexão residencial, a internet da rua não pode ser melhor do que na residência, ela precisa ser igual ou superior” ressaltou o conselheiro.

Paulo Frosi, por sua vez, afirmou que a grande vantagem é a complementação do 5G. Para ele, os provedores estão se tornando empresas de solução de tecnologia, levando mais do que conexão, sendo uma grande oportunidade de negócios. Acrescentou que os novos equipamentos trazem qualidade e a segurança de transmissão de dados necessárias para atender o marcado e novos serviços que surgirão.

Por fim, Basílio disse que com o Wi-fi 6 permite competir com o 5G, uma vez que o mercado de provedores está se transformando e a solução em vender velocidade está se tornando apenas um conforto. Para ele, as PPPs estão focando na área de abrangência de sinal e evoluindo de acordo com as necessidades e recursos. O conselheiro sugeriu ainda o uso do sandbox nas áreas rurais para testar a tecnologia em uso externo.

Emmanel Campelo concordou com o uso do sandbox, que possui rápida implementação e menor custo.  Afirmou ainda que a Anatel avaliará a necessidade de mudanças de uso e que adequações serão feitas conforme as necessidades locais.