Sinttel-PB teme impacto nas condições de trabalho com expansão acelerada da fibra 

Além da presença da Anatel, a Câmara de João Pessoa convocou a presidente do Sindicato Nacional de Trabalhadores de Telecomunicações na Paraíba (Sinttel-PB), Marta Sena para falar na Comissão Parlamentar de Inquérito da banda larga promovida pelo legislador municipal. A representante sindical deu depoimento à CPI que investiga a qualidade do serviço de Internet fixa na capital, na manhã da quarta-feira, 4. E o tom foi duro: é necessário atenção à força de trabalho na estratégia de expansão acelerada das operadoras.

Um receio da líder do Sinttel-PB é justamente a implantação do selo de qualidade da banda larga da Anatel, iniciativa já divulgada pela agência e apresentada na Comissão pelo gerente regional do regulador, Tiago Botelho. “Esse ápice que essas empresas buscam de forma acelerada reflete no trabalhador”, declarou Sena, referindo-se à obtenção do selo de qualidade máxima.

Na visão dela, existe a possibilidade de haver sobrecarga para os colaboradores. “Há exigência maior, e quando exige tem que se dar condições”, declarou. Ela menciona que não se trata apenas de funcionários em campo, mas também de atendimento, segmento no qual afirma ter “hora extra de trabalho inesgotável, cumprimento de metas inatingível e trabalhos sem pausa de descanso”.

Brisanet

Marta Sena foi particularmente crítica com relação aos provedores regionais, especialmente a maior delas, a Brisanet. “Com as operadoras conseguimos pontuar e demandar, mas a Brisanet não. Existe um veto, uma barreira para alcançarmos a solução de problemas.” Procurada pelo TELETIME desde a segunda-feira, 4, a Brisanet não havia retornado as solicitações de contato para comentar as críticas até a publicação desta matéria. Na quarta-feira, 6, ela enviou posicionamento, que pode ser lido aqui.

Para a líder sindical, a companhia está “precarizando o trabalhador e tirando direitos” enquanto avança em outros estados da região Nordeste. “Nacionalmente estamos em um embate com a Fitratelpe contra a empresa. Temos uma ação já em curso em Brasília”, declara, citando descumprimento de normas trabalhistas como o direito ao descanso.

Essa ação no Ministério Público aconteceu porque, segundo a presidente do Sinttel-PB, houve uma tentativa de acordo coletivo com a Brisanet, mas a empresa não respondeu. “Não podemos deixar trabalhadores tendo seus direitos violados”, ressaltou. 

Combos

A líder do Sinttel-PB também discordou do representante da Anatel sobre os contratos do tipo combo. Questionado por vereadores a respeito, Tiago Botelho mencionou que os serviços como telefonia fixa não são obrigatórios, e que a oferta em bundling permitiria um preço mais acessível ao consumidor. “É uma maneira maquiada e sutil de incluir um produto que você nem vai utilizar”, rebate Sena. 

Fonte: Teletime por Bruno do Amaral
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