Apesar do crescimento de 3% das vendas e de 17% da receita do mercado, o IDC ressalta que o cenário não é positivo, pois empresas fizeram estoques de materiais que talvez não se concretizem em vendas

O mercado de celular no Brasil cresceu 3% no primeiro trimestre de 2021, segundo o estudo IDC Brazil Mobile Phone Tracker Q1 2021. Nos três primeiros meses desse ano, foram vendidos 11,87 milhões de aparelhos, sendo 11,16 milhões smartphones e 706 mil feature phones.

Apesar do modesto crescimento, Renato Murari de Meireles, analista de pesquisa e consultoria em Consumer Devices da IDC Brasil, afirma que o cenário não é de otimismo. “Prevendo a falta de componentes, alguns players anteciparam o abastecimento nos canais, aumentando o nível de estoques, mas isso não se traduz automaticamente em vendas para o consumidor”, diz.

A alta de 3% no mercado de celulares também teve como fator a iniciativa das entrantes, tanto na categoria de smartphones como em feature phones. Os fabricantes investiram pesado nos canais, especificamente em feature phones nas regiões Norte e Nordeste. Em relação ao 1º trimestre de 2020, esse esforço representou um crescimento de 23% na categoria. No entanto, isso é algo pontual devido à recessão econômica do país, pois tudo reforça que features phones vêm perdendo espaço para os smartphones.

A receita do mercado de celulares no 1º trimestre de 2021 foi de R$ 19 bilhões, um acréscimo de 17% em relação ao 1º trimestre de 2020. Desse montante, R$ 18,9 bilhões referem-se à venda de smartphones e R$ 125,5 milhões de feature phones.

Para 2021, a IDC Brasil mantém a projeção do início do ano de crescimento de 0,7% para o mercado de smartphones e de queda de 2.0% para a operação de feature phones. A empresa levou em consideração, além da escassez de produtos, a saída da fabricante LG que detinha uma participação de 10% no mercado.


Preço
O primeiro trimestre de 2021 confirmou que os dispositivos low end, de até R$ 700, vêm transferindo força para os modelos que até então estavam na faixa intermediária, de R$700 a R$ 2 mil. Os modelos super premium também cresceram, apresentando alta de 53% no período. Segundo Meireles, isso mostra que “o consumidor tem migrado para produtos mais robustos”.

O analista da IDC Brasil também lembrou que a variação cambial e a escassez de componentes têm encarecido celulares e smartphones de forma geral. O que influência a decisão de compra de um aparelho melhor com vida útil mais longa.

Na categoria smartphone, houve uma queda de 27% do grey market, com 832,8 mil dos smartphones vindos do mercado cinza. Esse é o segundo trimestre consecutivo de queda de dois dígitos no mercado não oficial. Ainda assim, o analista do IDC ressalta que o prejuízo é muito maior quando considerado a receita. “Em 2021, a estimativa é que aproximadamente 4 milhões de celulares sejam vendidos no grey market, o que significa cerca de R$ 6 bilhões que o país deixa de arrecadar de impostos”, afirmou. (Com assessoria de imprensa)


Fonte: Tele Síntese
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