Investimento em telecom continuará acima de R$ 30 bi em 2022, diz Conexis

Esse montante não inclui o que foi pago pelas frequências do 5G, informa Ferrari, presidente da entidade.


O setor de telecom investirá em 2022 aproximadamente o mesmo que o ano anterior, estima o presidente executivo da Conexis, Marcos Ferrari. O aporte para este ano deve ultrapassar R$ 30 bilhões, assim como no passado alcançou um aporte estimado de R$ 34 bilhões em números prévios. Com uma diferença importante: o investimento de 2022 não inclui valores dispendidos nas outorgas de espectro para a construção da rede 5G.


Ferrari afirmou que o setor está comprometido em entregar as metas estabelecidas pelo edital 5G neste ano, mesmo com o avanço da Ômicron no Brasil.


Para o avanço da 5G, o setor também aguarda a aprovação do Projeto de Lei de Silêncio Positivo (PL 8518/17), de autoria do deputado federal Vitor Lippi (PSDB-SP). O mecanismo propõe a autorização automática de instalação de antenas nas cidades, caso os órgãos municipais não respondam ao pedido de licenciamento em até 60 dias. Uma das prioridades de 2022 para a Conexis é garantir que os municípios tenham leis que abarquem a Lei Geral das Antenas.


Outros PLs que o representante das teles deseja ver aprovado em 2022 são PL 5845/2016 e PL 5846/2016, que criminalizam o furto de equipamentos de telecom. Em comparação com o primeiro semestre de 2020, a incidência de furtos e roubos aumentou 14% no mesmo período de 2021. Esse crescimento foi impulsionado pelo aumento do desemprego no país e encarecimento do cobre.


Em 2022, no entanto, esses números poderão cair, avalia Ferrari. “As autoridades já estão mais atentas a importância desse crime, porque parece ser um crime banal, mas afeta milhões de pessoas”, comentou em entrevista ao Tele.Síntese.


Do lado do Poder Executivo, quer que o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) seja finalmente revertido ao setor. Agora, cabe ao governo e, principalmente, ao Ministério das Comunicações regulamentá-lo. “Nós gostaríamos de ver o Fust funcionar de fato para ver se o caminho foi correto”, diz Ferrari. E, a partir de 2023, novos ajustes para o fundo poderão ser pensados.


NOVA REGULAÇÃO DE POSTES

A solução para regular postes, um ativo importante para a rede de quinta geração, seria alocar os recursos para quem está fazendo a gestão. Ou então, pagar menos para que as distribuidoras façam a gestão deles. Nesse caso, o setor de telecom iria arcar com um quinto do valor pago hoje, conforme proposta da Aneel. O que a Conexis sugere é que se mantenha o pagamento do custo por ponto de fixação no poste.


“Nós pagamos, justamente, para que as distribuidoras façam a gestão do espaço telecom. Se está havendo uma ocupação desordenada por diversos motivos é porque não está havendo gestão, se não está havendo gestão significa as distribuidoras não estão fazendo devidamente o papel delas previsto na regulação”, diz Ferrari.


Fonte: Telesíntese

Por Fernando Rojas 12 jul., 2022
Diferenças nos Estados
Por Fernando Rojas 12 jul., 2022
Rearranjo no Mercado
Por Fernando Rojas 12 jul., 2022
Impactos da nova alíquota ICMS
Por Fernando Rojas 11 jul., 2022
Novo Projeto de Lei reduz ICMS em telecomunicações
Por Gustavo Yabu 07 mar., 2022
Período de baixa demanda pode ser resolvido com um bom planejamento
Por Gustavo Yabu 04 mar., 2022
É preciso fazer mais para levar Internet para 3,7 bilhões de desconectados
Por Gustavo Yabu 03 mar., 2022
ANATEL prorroga o prazo para o envio do DICI anual
Por Gustavo Yabu 02 mar., 2022
Tv 3.0 vem aí e exigará do consumidor a compra de novos televisores
Por Gustavo Yabu 25 fev., 2022
Anatel autoriza Oi a incorporar outorgas de banda larga e TV paga da Oi Móvel
Por Gustavo Yabu 24 fev., 2022
Fusões e Aquisições em tecnologia miram novas capacidades, diz relatório
Mais Posts
Share by: